sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sem importância e mal escrito. A culpa é da linguagem limitada e não da minha própria limitação. Fica melhor assim. Pra mim.

"O ser humano tem um filtro em algum lugar do cérebro que não o permite ver todas cores. E nem as cores certas. Não é assim com os animais? Por que conosco seria diferente? Você acha que seu azul é igual ao meu? Meu branco tem seu azul, seu vermelho, seu amarelo. Me desculpe, o MEU azul, o MEU vermelho, o MEU amarelo. Ainda estou com problemas para dar novos nomes e novos conceitos.
Assim, meu branco não é mais meu branco. Será que as minhas carambolas azuis tem o mesmo gosto azul pra você? Já me perguntei se algumas pessoas ouvem músicas de outra maneira, mas aí já estou entrando em outra questão. Não estou querendo falar de gostos, estou traçando uma realidade, uma verdade. Se todos sentem a mesma coisa. O mesmo gosto azedo de limão, o gosto azedo por ele mesmo azedo. A mesma nota musical, o mesmo orgasmo.
Meu único referencial por aqui sou eu. Era, não é mais. Desde que meu branco virou meus ex-vemelho, ex-azul e ex-amarelo, eu perdi a noção de referencial. (E por sua vez, meu ex-vermelho tornou-se algo entre uma outra mistura de cores NOVAS). E sem minha noção de referencial, junto paro de achar valor na linguagem. A limitação enorme do nosso rico vocabulário. Rico que não serve pra passar nada além de pontos de vistas (todos do receptor, claro).
Ah, as minhas novas cores nem deveriam mais serem chamadas de cores. Pois faz parte de sua "cor", o seu movimento. E seu gosto, e sua textura. Mas textura costumava ser exato, ser universal. Não é mais. Só tenho pena de quem olha uma parede branca (seja que diabos for o branco pra você) e não vê as milhares de minhocas coloridas dançando sem sentido. E é sério."

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