segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Alô, realidade

Virei pro espelho, ajeitei o cabelo e recitei com fervor o mais bonito verso que escrevi provavelmente entorpecida:
"Falece hoje, meu piano de notas mortas. De cordas tortas. De madeira velha envernizada, pedais gastos, suados, dos pés que eu já tive, e que hoje estão enterrados. Faleceu hoje, pois parei de ouvir. Agora posso descansar em paz."
Foi quando ouvi:
"Não tente ser poética, garota retardada."